Brasileiro desaprova aumento de conta para reduzir consumo de energia

energiaSe o governo decidir aumentar o preço da conta de luz para estimular a economia de energia elétrica, a maioria dos brasileiros deverá desaprovar a medida, segundo pesquisa do DataSenado divulgada nesta quarta-feira (22) em reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI). Mas se a saída para reduzir o consumo de eletricidade for a de incentivar a fabricação de eletrodomésticos que evitem o desperdício, ainda que mais caros, o apoio da maior parte da população estará garantido: 86% dos brasileiros veem com bons olhos a iniciativa. A criação de leis que obriguem a fabricação desses aparelhos também é positiva para 65% dos entrevistados.

A pesquisa de opinião sobre o que pensam os brasileiros a respeito das políticas energéticas no país, feita pelo DataSenado em parceria com a Universidade de Columbia (EUA), também revelou que 85% dos respondentes concordaram total ou parcialmente em que o Brasil invista mais em fontes de energia renováveis como eólica e solar. Um número um pouco menor, mas ainda representativo de indivíduos apoiam que empresas de energia sejam obrigadas a investir nessas fontes: 68%.

Thiago Cortez Costa, assessor da Secretaria da Transparência do Senado, apresentou detalhes sobre o estudo, realizado entre 3 de fevereiro e 2 de março, com 1.166 entrevistados em todo o país.

O brasileiro está disposto a pagar mais pelo melhor uso da energia produzida, com menos desperdício. Mas, por outro lado, ele não aceita o aumento da conta de luz como política para controlar o consumo — resumiu Costa.

Rejeição ao aumento da conta

Perguntados sobre a possibilidade de o governo aumentar o preço da conta de luz para o brasileiro economizar mais energia, 79% dos participantes alegaram discordância parcial ou total. A maioria (66%) discordou totalmente dessa medida. Dos demais respondentes, 6% concordaram totalmente, 12% concordaram parcialmente e 3% nem concordaram, nem discordaram.

Já quando questionados sobre o governo aumentar o preço da conta de energia para que as indústrias economizem mais energia, 38% disseram concordar total ou parcialmente e 55% mostraram-se contrários a essa medida total ou parcialmente. Participantes que disseram não concordar, nem discordar compõem 6% da população.

Entre as pessoas com mais de 10 salários mínimos de renda individual bruta, 61% discordaram totalmente e 12% discordaram parcialmente do aumento da conta de luz para indústrias, totalizando 73% de discordância nessa faixa de renda. Para pessoas sem renda ou com renda até 2 salários mínimos, a manifestação de discordância (total ou parcial) foi apresentada por 40% e 51%, respectivamente.

A pesquisa procurou ainda conhecer a opinião dos entrevistados a respeito da seguinte informação: “Aumentar impostos sobre carvão, gás natural e petróleo tornaria essas fontes de energia mais caras, contudo poderia reduzir o dano que elas causam ao meio ambiente.” Ao opinar sobre o tema, 47% dos respondentes manifestaram discordância total a essa medida e 19% discordaram parcialmente. Minoria de 8% concordou totalmente e 17% concordaram parcialmente; 10% não concordaram nem discordaram.

Em relação ao governo ser o responsável por fixar os preços de energia, e não as empresas privadas, 37% se opuseram total ou parcialmente, 47% manifestaram apoio total ou parcial e 14% disseram não apoiar nem se opor.

Observa-se que, entre os respondentes mais jovens (de 16 a 19 anos), o apoio a essa responsabilidade do governo, de 31%, é menor que nas demais faixas etárias.

Parte dos entrevistados (43%) apoia total ou parcialmente que as empresas de energia pertençam ao governo, em vez de pertencerem à iniciativa privada. A oposição a esse fato, também total ou parcial, alcançou 38% dos entrevistados; 16% nem apoiam nem se opõem e 2% não souberam ou não quiseram responder.

Tecnologia para evitar desperdício

Após escutarem a frase “Alguns eletrodomésticos modernos ajudam a economizar energia e a reduzir a emissão de gases poluentes, porém são mais caros”, a opinião apresentada sobre o Brasil investir mais na fabricação desses eletrodomésticos foi de 86% de concordância, sendo 60% total e 26% parcial; 5% afirmaram nem concordar, nem discordar e 8% discordaram total ou parcialmente de mais investimento nessa área.

Quanto à criação de leis para obrigar a fabricação de eletrodomésticos que consumam menos energia, mesmo que esses aparelhos sejam mais caros, a concordância é menor, ainda que também atinja a maioria (65%); 25% discordaram dessa obrigação e 9% nem concordaram nem discordaram.

Respondentes também opinaram sobre medidores de luz modernos que ajudam a evitar o desperdício de energia e a melhorar a rede elétrica. Mesmo que esses medidores possam deixar a conta de luz mais cara, como informado aos cidadãos, 55% concordaram total ou parcialmente que as empresas de energia invistam mais na instalação desse equipamento.

Entre os participantes com mais de 10 salários mínimos de renda, 73% concordaram com o investimento: 41% totalmente e 32% parcialmente.

Metodologia de pesquisa

As pesquisas do DataSenado são feitas por meio de amostragem com entrevistas telefônicas. A população considerada é a de cidadãos com 16 anos ou mais, residentes no Brasil, e com acesso a telefone fixo. A margem de erro admitida é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança utilizado nos resultados da pesquisa é de 95%. Isso significa que se forem realizadas 100 pesquisas com a mesma metodologia, aproximadamente 95 terão os resultados dentro da margem de erro estipulada.

1 comentário

  • Jorge lucas

    22 de abril de 2015 12:30:31

    O prefeito de Mirinzal, Amaury Santos Almeida (PMDB), suspeito de fazer promoção pessoal com a logomarca usada pela Prefeitura Mirinzalense em carros oficiais e prédios públicos, por intermédio do Secretario de Administração Evilásio Rodrigues Ribeiro e o Advogado do Município Armstrong Lemos vem proporcionando um dos maiores escândalos na região com o concurso público para educação realizado no inicio deste ano.
    O grupo passou a impedir a homologação de candidatos aprovados em concurso público que possuem diplomas oriundos de Faculdades que não possuam sede no município ou no Estado do Maranhão alegando para isso uma interpretação equivocada do artigo 34 do decreto 5773/06, que se trata da emissão de diplomas.
    Com o salário em media para graduado beirando os 1900 reais, o trio da prefeitura deixou de homologar 45 candidatos aprovados e passou a homologar candidatos com somente o curso de magistério de nível médio, com salario beirando os 750,00 reais, que está devidamente proibido deste 2003 de acordo com o parecer do MEC CEB 04/2003.
    De acordo com o decreto, aqueles que possuem magistério tem direito adquirido, com o prazo até 2020 para buscar a sua diplomação. Desta forma, fica evidenciada a ilegitimidade para homologação de novos professores portadores de certificados com curso de curta duração.
    Se desconfia que, como 60% do FUNDEB pode ser utilizado para melhora dos salários dos professores, esse artificio busca a economia desta verba podendo ser utilizado para outras negociatas através de licitações irregulares.
    Todos sabem da luta do Governador Flavio Dino com a agiotagem. Com seu fim, vale tudo para trás de financiamento, até burlar a lei.
    È valido lembrar que ambos os responsáveis são aliados inquestionáveis do grupo Sarney derrotado nas eleições passadas, e possuem interesses em continuar no comando do município nas próximas eleições.

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