Mais uma morte de liderança rural no Maranhão

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Antônio Isídio Pereira da Silva, liderança rural da comunidade de Vergel, no Maranhão, foi encontrado morto no dia 24 de dezembro. Ele estava desaparecido desde o dia 20 deste mês.

Um dia antes de seu desaparecimento, Antônio Isídio havia dito que iria denunciar o forte desmatamento na área. Vergel, a 50 Km da cidade de Codó, no interior do Maranhão, é uma comunidade de pequenos agricultores e produtores rurais que enfrentam a pressão constante de “grileiros”e madeireiros que querem expulsá-los de suas terras. Ele era uma das lideranças comunitárias que vinham denunciando a ação de madeireiros e grileiros nos últimos anos na região, sofrendo ameaças de morte e intimidações por conta disso.

“O assassinato de Antônio Isídio é revoltante. Foi uma tragédia anunciada. Nos últimos três anos denunciamos diversas vezes as ameaças sofridas por ele e a violência decorrente de conflitos agrários na região de Codó, no Maranhão. E as autoridades – em todos os níveis – não tomaram nenhuma medida para garantir a segurança dessas pessoas. O preço da inação do estado, como em tantos outros casos, foi a morte anunciada de Antônio Isídio. Isso é inadmissível”, afirmou Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil.

Assim como muitos casos de assassinatos de lideranças rurais mortas em consequência do conflito por terras e recursos naturais, este caso corre o risco de permanecer impune. Não houve instauração de inquérito policial sobre o caso e a morte de Antônio Isídio não está sendo investigada. O registro de óbito não foi feito e não foi realizada qualquer perícia sobre o corpo, que foi enterrado em uma “cova rasa” envolto em uma rede e um saco plástico.

“Não podemos deixar que este caso fique impune. A não responsabilização dos casos de assassinatos de lideranças rurais alimenta o ciclo de violência no campo. As autoridades do estado do Maranhão devem garantir uma investigação imediata do caso. O Maranhão é um dos estados que apresenta maior número de pessoas mortas em decorrência de conflitos no campo e quase nunca há justiça para as lideranças assassinadas ”, afirma Roque.

Em parceria com a Comissão Pastoral da Terra no Maranhão, a Anistia Internacional acompanha este caso há cerca de três anos. Em 2013, a Anistia Internacional já havia denunciado as ameaças sistemáticas que Antônio Isídio e outras famílias da comunidade de Vergel vinham sofrendo. Em dezembro de 2012, um homem armado fez disparos perto da casa de Antônio Isídio matando animais. Em Janeiro de 2013, a capela local foi queimada, impedindo que a comunidade fizesse homenagens ao líder comunitário Raimundo Pereira da Silva, que foi assassinado em 2010. Desde então, várias ameaças de morte foram feitas à Antônio Isídio e à comunidade de Vergel.

O Programa Nacional de Proteção a Defensores de Direitos Humanos chegou a visitar a comunidade de Vergel em 2013 e a entrevistar Antônio Isídio. No entanto, nenhuma medida foi adotada para garantir a sua segurança.

As ameaças,ataques e assassinatos de trabalhadores rurais e lideranças comunitárias no campo é consequência do histórico conflito por terra e recursos naturais que assola do estado do Maranhão. À medida que a fronteira agrícola avançou para o interior, povos indígenas,quilombolas e comunidades rurais de pequenos agricultores no estado ficaram sob pressão crescente de grileiros de terra, fazendeiros e madeireiros ilegais. O conflito violento tem sido endêmico na região.

O assassinato de Antônio Isídio revela uma falha sistêmica das autoridades no enfrentamento dos conflitos no campo e na garantia de proteção às comunidades rurais e quilombolas no país. Apenas em 2014, 36 pessoas foram assassinadas em decorrência de conflitos no campo, segundo os dados da Comissão Pastoral da Terra.

A Anistia Internacional reitera sua demanda às autoridades estaduais e federais para que garantam uma investigação adequada da morte de Antônio Isídio Pereira da Silva, garantam a proteção imediata de seus familiares e da comunidade de Vergel e adotem medidas de longo prazo para acabar com a grilagem de terras, a extração ilegal de madeira e a violência decorrente dos conflitos agrários na região de Codó.

Grupos de acampamento se preparam para o réveillon na praia

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Maranhenses montaram o acampamento antes mesmo do Natal com a intenção de se preparar para chegada do ano novo. Um grupo de amigos formado por 15 pessoas decidiu acampar na praia para garantir o melhor local de onde irão assistir à queima dos fogos e celebrar o começo do novo ano.

O Imparcial esteve na orla da capital e constatou que já há pessoas com barracas prontas desde o último dia 24. É o caso do Acampamento do Surf, que já existe há mais de 20 anos na Praia do Olho d’Água. Uma estrutura montada no local com madeiras e revestida com lonas sinaliza o espaço onde as barracas são armadas.

O número total de barracas armadas são 11. Há também sofás, cadeiras, mesas, caixas de isopor, churrasqueira, entre outros. Uma barraca é de uso exclusivo para a cozinha, onde todos os alimentos e condimentos que serão usados ficam separados. No espaço, tem uma árvore que contém dezenas de garrafas vazias penduradas que faz parte da decoração, tudo isso para acomodar os surfistas, amigos, familiares e convidados.

Segundo o pintor Walace Abreu Monteiro, o acampamento começou com a iniciativa de três amigos, que dois dias antes do ano-novo decidiram armar barracas no morro da praia para esperar a virada do ano. Eles gostaram e decidiram acampar os anos seguintes. O acampamento existe há 27 anos e, com o tempo, a cada ano, foram se juntando mais pessoas e hoje participam uma média de 60 participantes.

1_thiago_veloso___28_12_15___acampamento_no_olho_d_agua_para_o_reveillon01-190663Falou ainda que o acampamento é uma forma de reunir os amigos e tem como objetivo primordial celebrar a vida, o amor e a paz. Momento de misturar todas as tribos e festejar o ano-novo. “Tudo começou com o amor de três amigos pela natureza, pelo mar. Uma brincadeira saudável, agradável que se transformou em uma maravilhosa tradição. Já ficamos ansiosos esperando por este momento tão especial para compartilhar com os amigos e a família”, ressaltou.

A maioria dos amigos são moradores do bairro Olho d’Água, porém, há também pessoas de outros bairros como Cohab, Cohatrac, Habitacional Turu, etc. As tarefas são divididas entre os amigos, todos participam da organização do local e também da preparação da comida.

O surfista Marcelo Suru afirma que participa do acampamento desde o primeiro ano e nunca faltou. Ele explica que, além deles estarem reservando um bom lugar de onde terão uma boa visão da queima dos fogos, está também tendo um contato direto com a natureza. Aproveitando para refletir sobre o ano que está encerrando e planejando metas para o novo ano que se inicia. “Todos os anos eu venho e minha família vem no dia 31 e passamos a virada do ano juntos. É uma programação que faz parte do meu calendário, é uma festa maravilhosa”, falou sorrindo.

Marcelo Suru acrescentou ainda que é uma forma de comemorar o ano-novo de forma diferente, sair do tradicional que é passar a meia-noite na praia, ver os fogos e voltar para casa. Pois, segundo ele, ainda passam o dia 1º todo na praia e só voltam para casa no dia 2.

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Dupla e presa com dinheiro falso

Uma guarnição da policia militar do estado do maranhão prendeu  dois homens identificados como Humberto Lacerda de almeida, 23 anos e Moacir de jesus silva soares, 19 anos. eles tavão sendo perseguindo por seguranças da casa de show choppana, acusados de estarem passando cédulas de  R$ 100 reais falsas. os dois foram preso e levados para superintendência de policia federal no bairro da cohama. um veiculo e as cédulas falsificadas tambem foram aprendidos e encaminhados a sede da policia federal.

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Vereadores de São Luís devem trocar de partidos

SESSAO-EXTRA

O período do recesso será importante para os vereadores definirem os partidos pelos quais vão disputar a reeleição  e quem apoiarão a prefeito de São Luís

Pelas manifestações cada vez mais acentuadas, decorrentes de articulações nos bastidores pode ser entre 06 e 08 o número de vereadores da Câmara Municipal de São Luís que estariam dispostas a mudar de partido para concorrer à reeleição. O interessante é que praticamente todos não estão inclinados a mudar ideologicamente, deixando bem claro, que a mudança deve ocorrer no sentido de buscar agremiação partidária que tenha um bom quadro de filiados para a disputa por vagas no legislativo municipal.

O vereador Francisco Carvalho presidente do diretório estadual e vice-presidente da direção nacional do PSL, tem se constituindo em um importante articulador para o fortalecimento do quadro de filiados do partido para a disputa das eleições. A ex-vereadora Marilia Mendonça e o coronel Ivaldo Barbosa, estão entre os nomes conceituados que vão concorrer a vagas no legislativo municipal pelo PSL.

A verdade é que alguns vereadores eleitos por partidos pequenos, que não conseguiram crescer e muito pelo contrário perderam espaços dentro do contexto politico, não estão conseguindo formar uma base bem representativa para o pleito, o que está dando origem as mudanças, o que também não é nenhuma novidade, uma vez que há também a questão das alianças partidárias com vistas a disputa da Prefeitura de São Luís.

Areia está engolindo o Espigão Costeiro

Espigao

O novo cartão postal de São Luís aos poucos vai sendo engolido pela areia.

Entregue à população de São Luís no ano passado, o Espigão Gosteiro só precisou de alguns dias para virar uma das principais atrações da cidade.

Um ano depois, o nosso novo cartão postal virou alvo de preocupação dos frequentadores.

A obra foi concebida na gestão da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) e não quero acreditar que apenas por questões políticas o governador Flávio Dino (PCdoB) vai deixar esse belo cartão postal sumir.

Tem gente que critica a falta de manutenção e limpeza.  Outros dizem que o problema é fruto de um erro na concepção do projeto, mas o fato é que nada justifica a atual situação.

Espero sinceramente que o poder público possa tentar salvar o que ainda resta no Espigão. E que ago seja feito o quanto antes.

Situação semelhante estamos observando aos poucos também na Avenida Litorânea.

Nos dois casos algo precisa ser feito agora…