Raposa 2016: “A Raposa é um diamante bruto, que precisa ser lapidado”, diz radialista Udes Filho

udes_nova

O comunicador falou sobre a sua pré-candidatura a vereador pelo município de Raposa e das chances de Ocileia Fernandes na disputa da prefeitura da cidade.

O Blog do Robert Lobato conversou com o diretor do jornal e portal O 4º PODER, Udes Filho, rebento do saudoso jornalista Udes Cruz, fundador do jornal Atos e Fatos, que foi secretário de Comunicação no governo José Reinaldo Tavares.

Udes Filho reside na cidade de Raposa, onde apresenta um programa de rádio que leva o seu nome [Programa do Udes Filho], um dos mais populares e líder de audiência na cidade, cujo foco principal e defesa dos interesses da população local.

O radialista e blogueiro falou sobre a conjuntura política do município da Raposa, as chances de pré-candidata a prefeita  Ocileia Fernandes e também sobre seu projeto de se tornar vereador desta que uma cidade que, embora vizinha da capital, não consegue se firmar como município de fato parecendo mais um grande bairro da periferia de São Luis.

Confira o bate-papo com o colega Udes Filho:

Meu caro Udes Filho, a Raposa é um município com algumas potencialidades econômicas como a pesca, turismo e artesanato. Mas a cidade não tem dado sorte com seus gestores. Como você avalia esse, digamos “azar” da Raposa?

Infelizmente tenho que concordar que os gestores da Raposa ainda não tiveram a devida compreensão das potencialidade do município. Costumo dizer que a Raposa é um enorme diamante bruto, que precisa ser lapidado. Robert, para que você tenha uma ideia, na Raposa, temos a melhor da culinária, em se tratando de frutos do mar, somos o pólo gastronômico da região metropolitana. Temos restaurantes de referencia como O Capote, A Fazendinha, Natureza, Aventura Rural, Toca do Vale e o mais novo, o Tia Tereza. Temos na praia de Carimã, dunas tão lindas quanto os lençóis maranhenses. Se compararmos Raposa, com São José de Ribamar, temos na Raposa muito mais atrações para os turistas, mas não temos os mesmos investimentos, nem a mesma organização que São José de Ribamar dispõe. São José de Ribamar está de parabéns, explora bem o potencial turístico que tem.

Robert, a comunidade Combique, na Raposa, para quem não sabe, é o cinturão verde da região metropolitana. O Combique é responsável pela maior parte da produção de folhagem distribuída em São Luís e em parte do Maranhão. Alface, cheiro-verde, cebolinha e outros. Vejo a Raposa como a única cidade da região metropolitana com condições técnicas de se tornar uma cidade modelo. A cultura da Raposa é rica, temos bons artesãos e rendeiras de grande potencial. A Raposa ainda é uma potência pesqueira, mas, infelizmente, boa parte da produção do pescado é vendida em outros municípios, o que deixa a cidade sem a circulação de muito dinheiro vivo. Tudo isso por falta de uma política séria e focada em fomentar a economia local. A Raposa é um diamante bruto cercado de potencial em vários setores da economia. Falta aparecer

administradores com visão e interesses que não sejam os próprios. A cidade tem problemas como falta de geração de empregos, falta de infraestrutura, um sistema de saúde pública defasado, enfim, problemas administrativos, que podem ser solucionados, mas tudo depende de uma gestão focada e de vereadores de fato interessados. Quem mora na Raposa entende muito bem cada palavra que eu disse. Temos tudo na Raposa, mas ao mesmo tempo não temos nada. É lamentável!

Tive conhecimento que o seu nome vem aparecendo desde o ano passado em pesquisas espontâneas para vereador e, em alguns casos, já pontuou, espontaneamente, até para o cargo de prefeito. Você já tinha conhecimento destes fatos e qual a sua opinião a respeito?

Veja bem! Meu amigo Robert Lobato, nunca tive acesso às tais pesquisas, mas alguns amigos, a exemplo do jornalista Isaias Rocha, já haviam comentado algo neste sentido. Agora, se você quer a minha opinião, se meu nome pontua assim, espontaneamente, nessas pesquisas, deve ser resultado do que eu chamo de jornalismo comunitário, que nada mais é do que o trabalho que desenvolvo, há vários anos, em defesa da população de Raposa, usando blog, jornal impresso e meu programa de rádio. Além de dar voz ao povo, vou além, eu mesmo procuro as autoridades e faço as cobranças em nome da população que me procura. Às vezes tenho êxito, outras não. Quando tenho êxito, o povo ganha e reconhece nossa luta. Já perdi as contas de quantos problemas foram resolvidos através do “Programa do Udes Filho”, como falta de água, falta de iluminação, coleta de lixo em ruas, muitos problemas assim foram solucionados na Raposa, após nossas cobranças. Eu acredito, Robert, que o povo gosta de quem toma as dores e parte em defesa do direito da coletividade. Talvez seja essa a razão de meu nome aparecer nessas tais pesquisas.

Você, como comunicador e liderança popular faz um trabalho na Raposa que muitos vereadores eleitos não fazem. Na sua opinião, por que a Câmara de Raposa é avaliada tão negativamente pela população?

Robert, não tenho qualquer receio de criticar a representação popular da Raposa na Câmara Municipal que, resguardas as devidas exceções, deixa muito a desejar. Vejo que o povo da Raposa, na verdade, o povo brasileiro, generalizando a situação, deveria fiscalizar e cobrar mais dos vereadores de suas cidades, ficar em cima, pressionar mesmo. Uma coisa que aprendi nesta vida, é que quem tem cargo eletivo, tem medo da revolta do povo. Na verdade, não só na Raposa, mas, em qualquer cidade, a minha opinião é que os eleitores marquem colado, junto dos vereadores. Tem que acompanhar mesmo, tem que cobrar mesmo e se os vereadores fizerem corpo mole, ai, o povo, os eleitores, devem protestar. Talvez falte uma cobrança mais forte do povo da Raposa em cima dos vereadores eleitos. Algumas pessoas ainda chamam seus representantes de patrões, como se o vereador, o prefeito, o governador, ou mesmo, a presidente da República, fossem nossos patrões. Mas não são! Eles são representantes do povo, eles têm autoridade porque, nós, eleitores, o povo, demos a eles. Logo, eles são empregados do povo e devem satisfações aos seus empregadores, os eleitores, os que votaram e os que não votaram. É assim que eu vejo, é assim que eu penso.

Vamos direto ao assunto: Há comentários, em São Luís, de que você pode ser o vice-prefeito na chapa da pré-candidata do PRB a prefeita de Raposa, Ocileia Fernandes. Isso é verdade?

Não, não tenho intenção alguma de concorrer como vice-prefeito. Meu nome, de fato, foi sondado, mas é uma questão minha, é uma opção minha. Vice é um cargo que não combina comigo. Sou daqueles que gosta da adrenalina, que curte a disputa. Vou até brincar aqui: Vice não disputa nada, vive esperando o titular morrer, ou tentando dar um golpe para chegar ao cargo. Não tenho vocação para agourento e muito menos para golpista. (risos). Definitivamente, vice não dá!

Então o projeto do Udes Filho é ser vereador pela Raposa? Por que você acha que erece o voto de confiança do povo para representa-lo na Câmara Municipal?

Exatamente, Robert. Meu projeto que, aliás, não é mais só meu, é sim de disputar uma cadeira na Câmara Municipal da Raposa. Sou pré-candidato a vereador pelo PRB. Nosso partido vem se organizando e está com tudo definido para disputar o comando prefeitura do município. Como você antecipou, nossa pré-candidata a prefeita é a presidente do partido na Raposa, Ocileia Fernandes. Quanto ao voto de confiança do povo da Raposa a mim, penso que ele, o povo, é quem vai julgar a minhas ações em prol da cidadania da cidade, principalmente daqueles que mais precisam de apoio do poder público e geralmente não encontra esse apoio devidamente. Sem qualquer falsa modéstia entendo que o povo vai saber reconhecer nosso trabalho e nos dará esse voto de confiança. E o que é melhor: não se arrependerá.

Você é conhecido pela maneira imparcial com a qual trabalha o jornalismo, tanto no jornal O 4º PODER, como no seu blog e na rádio da Raposa. Então, de maneira imparcial, sendo um dos grandes observadores dos bastidores da política raposense, me responda qual a real situação do cenário para a disputa majoritária em Raposa?

Robert, temos nomes como Ocileia Fernandes, herdeira política do ex-prefeito Paraíba; Talita Laci, herdeira do também ex-prefeito José Laci; temos o Moreira e ainda o presidente da Câmara, vereador Eudes Barros. Além deles, apareceram, agora, para a disputa, o empresário Capote [Restaurante O Capote] e o radialista Lourival Oliveira, que também se apresentam como pré-candidatos a prefeito.

Veja bem! Em cidades como a Raposa, as eleições são feitas visitando e conquistando as famílias, grandes famílias e pequenas famílias. A base da política da Raposa é a conquista do apoio das famílias, principalmente, as tradicionais que acabam sendo maiores em número de membros. Como comunicador comunitário na Raposa, tenho visitado e conversado com muitas famílias.

Vejo, hoje, um cenário muito favorável a Ocileia Fernandes (PRB) e a Talita Laci (PCdoB). E não tem nada de espantoso nisso, já que é normal na Raposa a polarização entre os nomes das duas famílias tradicionais da política, Paraíba e Laci. Não há amplo favoritismo por nenhum dos nomes apresentados. Ocileia e Talita vão ter que suar as camisas, ou melhor, as blusas.

Por outro lado, Robert, não posso desmerecer os outros pré-candidatos a prefeito, como o presidente da Câmara, vereador Eudes Barros, que é o pré-candidato oficial do atual prefeito, o Clodomir. A administração do Clodomir enfrenta uma grande rejeição popular, e vejo que isso prejudica muito a pré-candidatura do presidente da Câmara. O Eudes é um bom articulador, o admiro muito, mas, acredito que ele tenha que se desdobrar em articulações para minimizar os prejuízos e entrar na disputa.

Já o Moreira, tem traçado, há anos, a linha de terceira via, se apresentando como opção para os que não votam com a família Paraíba, nem com a família Laci. O problema é que se esperava que nesta eleição de 2016 a polarização Paraíba X Laci chegasse ao fim, por conta da eleição em 2012 do prefeito Clodomir. Mas o destino não quis assim. Clodomir rompeu com o grupo Paraíba logo no começo do mandato, depois veio se desgastando como gestor, não irá para reeleição. Tudo isso apenas fortaleceu o “Flamengo e Vasco”, ou melhor, Paraíba (Ocileia) e Laci (Talita). Assim, percebo que fica complicado a situação para o sucesso de uma terceira via. E isso se aplica, no meu entender, também, aos pré-candidatos Capote e Lourival da Rádio.

Vou tentar sintetizar a coisa! Vejo Ocileia e Talita, as duas, com muita vantagem em relação aos outros nomes que se apresentam como pré-candidatos a prefeito da Raposa. Talita se não tivesse assumido o comando da prefeitura por três meses, naquela confusão judicial, no ano passado, certamente, estaria bem melhor que os concorrentes. Mas a realidade é que ela [Talita Laci] acabou se desgastando e tem que enfrentar uma briga muito dura com Ocileia, que é bastante popular. Mas é importante frisar que não vejo amplo favoritismo em relação a elas duas. Tá pau a pau! Ou melhor, saia a saia!

Agora, tanto Ocileia, como Talita, assim como os outros pré-candidatos, devem procurar fazer os deveres de casa, pois a política é dinâmica e o cenário de hoje, pode não ser o de amanhã.

Vândalos picham novos abrigos em São Luís

Abrigo

É lamentável ter que falar mais uma vez sobre este assunto, mas sei que não será a última vez que irei destacar até porque não sei até onde vai a falta de educação de muitos em nossa cidade.

Estamos acompanhando o trabalho da Prefeitura de São Luís na substituição dos abrigos nas paradas de ônibus velhos, muitos deles quebrados e sujos por uma estrutura nova e que vem dando um visual diferente na cidade.

Mas, infelizmente, alguns desses abrigos começam a virar alvo de vândalos. E o resultado é este que mostramos na imagem acima no bairro Anjo da Guarda.

A imagem foi postada pelo vereador Pedro Lucas Fernandes (PTB), no seu perfil no Facebook. Ele fez um apelo muito oportuno à população.

“Faço um apelo a toda população de São Luís, que preservem os novos abrigos colocados nas paradas de ônibus em São Luís. Passando agora pela região do Anjo da Guarda, observo esse abrigo novo, recém colocado, já pichado. O poder público faz a sua parte, mas a responsabilidade é de todos nós. Cuidemos de nossa cidade!”, disse.

Não concordo e sei que a maioria da população da nossa cidade também não aprova este tipo de atitude, por isso este espaço estará sempre aberto para mostrar tudo aquilo que o poder público vem recuperando e a própria população vem destruíndo em nossa cidade.

Quero destacar que essa também é a preocupação de outros profissionais da imprensa como é o caso do Jorge Aragão que também destaca este assunto em seu blog. Assim como ele, devemos todos nos unir contra a destruição dos bens públicos.

As suspeitas que perseguem a vida pública de Temer

temer-cunha-moreira-franco_abr1

Temer e dois de seus aliados, o ex-governador Moreira Franco e Eduardo Cunha

Revista Congresso em Foco.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avalia se pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de investigação para apurar a suspeita de envolvimento do vice-presidente Michel Temer no esquema de corrupção apurado pela Operação Lava Jato. Na iminência de assumir a Presidência, Temer já é alvo de um pedido de impeachment na Câmara, com teor semelhante ao movido contra a presidente Dilma, por também ter assinado decretos determinando a abertura de créditos orçamentários sem autorização prévia do Legislativo.

Embora, de acordo com os registros públicos do STF, não haja qualquer inquérito ou ação penal em tramitação contra o peemedebista, o vice-presidente já sofreu outras acusações de desvio de conduta ao longo de sua vida pública, como mostra a nova edição da Revista Congresso em Foco. Todas foram arquivadas. Uma das mais pesadas diz respeito às suas relações com o jogo do bicho. Quando secretário de Segurança Pública de São Paulo, a partir de 1984, ele defendeu a legalização desse tipo de jogo.

Dados da época apontam que, durante sua gestão, o número de flagrantes contra bicheiros caiu em São Paulo. Em 1994, na CPI do Bicho que funcionou na Assembleia Legislativa do estado, Álvaro Luz, delegado-geral da gestão de Temer como secretário de Segurança, afirmou que era orientado a só reprimir os bicheiros se eles agissem de maneira “ostensiva”.

O ex-deputado Del Bosco Amaral (PMDB-SP) chegou a formalizar na Justiça denúncia contra Temer. No processo, apurou o repórter Edjalma Borges para a Revista Congresso em Foco, Del Bosco alega que o então secretário “teve apoio dos piores setores policiais, inclusive daqueles ligados ao jogo do bicho, a chamada corretagem zoológica”. De acordo com o ex-deputado, o peemedebista “tinha um comitê político instalado de forma indireta na Secretaria de Segurança Pública e não agiu com rigor contra a contravenção denominada jogo do bicho”. O caso chegou ao Supremo em 1986 e foi arquivado em 2006, sem que o Judiciário apontasse qualquer fundamento na denúncia.

Por recomendação do Ministério Público Federal, também foram arquivados dois inquéritos abertos contra Temer no Supremo Tribunal Federal. Um deles tinha como objetivo apurar se ele recebeu ilegalmente, enquanto deputado federal, dinheiro de empresas que venceram licitação para operar na Companhia de Docas do Estado de São Paulo (Codesp). No outro, era acusado de ter depredado uma área de reserva natural para construir uma estrada de acesso a um imóvel de sua propriedade, na Chapada dos Veadeiros (GO).

Mais recentemente, o vice-presidente, que tem entre suas reconhecidas virtudes o preparo jurídico e a habilidade política, foi citado na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS), eleito pelo PT e que até novembro era o líder do governo no Senado. Também foi citado pelo lobista Júlio Camargo, o mesmo que confessou ter repassado US$ 5 milhões em propina a Eduardo Cunha; na planilha apreendida com um dos ex-executivos da Camargo Corrêa; e em uma troca de mensagens por telefone entre Cunha e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. No último caso, Cunha diz a Léo Pinheiro que os deputados estão incomodados de Temer já ter recebido a parte dela na propina, pelas mãos do ex-governador do Rio Moreira Franco, enquanto os aliados do atual presidente da Câmara continuavam a ver navios.

Temer, cuja assessoria negou os pedidos de entrevista feitos pela Revista Congresso em Foco, sempre negou o seu envolvimento em qualquer ato ilícito.