Braide poderá agravar casos de cegueira em pacientes

Dados de atendimentos no SUS mostram queda significativa de consultas e cirurgias oftalmológicas neste ano (Foto: Reprodução)

O descaso da gestão Eduardo Braide (Podemos) não para e a cada dia cresce a insatisfação popular em relação ao governo municipal. A marcação de consultas e exames em São Luís, por exemplo, tem gerado muita reclamação e revolta. Muitas pessoas tem dormido na fila para conseguir um atendimento e na maioria das vezes, faltam senha para muitas especialidades.

Um dos serviços mais procurados é a consulta oftalmológica, quem busca atendimento não encontra. No posto da Central de Marcação de Consultas (CEMARC) que fica no prédio da APAE, no bairro Outeiro da Cruz, a longa fila de pessoas buscando por atendimento começa a se formar ainda na madrugada.

Dona Rosa Maria de Lima, de 74 anos, chegou pela madrugada, sentou na calçada e dormiu na fila. “Se a gente vir nesse horário, 4h30 a gente ainda consegue se a gente vir mais de 4h30, às vezes não tem mais e quando chega lá já terminou”, disse.

Uma longa fila de idosos é formada todos os dias em frente a CEMARC. Pessoas que por conta da idade possuem prioridade, mas na maioria das vezes, precisam ficar por horas em pé e sem a garantia de que irão conseguir o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“É triste, viu? A gente está aqui desde 4h e não sabe nem se consegue. A gente vem e quando chega ali e volta. É triste isso aqui! A gente chega de madrugada e fica sentado, dormindo pelas calçadas para conseguir fazer um exame às vezes não consegue. Isso é muito triste”, desabafa Maria da Natividade Silva, dona de casa.

Muitas das pessoas que buscam marcar consulta são os próprios pacientes que saem doentes de casa. A lavradora Socorro Morais Campos faz hemodiálise e disse que tinha que vir para fila para conseguir marcar uma consulta.

“A gente tem que ficar, tem que aguardar se não a gente não consegue. Eles não querem. Meu marido vem e eles não aceitam, tem que vir eu mesma”, disse.

“Eu vim e foi a maior briga porque queriam que ela viesse. Eu disse ‘rapaz, ela não tem condições’. Aí mandaram eu ir na delegacia tirar um documento e chegando lá, não era nada. E a gente fica nessa situação, vai para um lado, vai para outro e é uma situação triste”, disse. José Domingos Melônio, lavrador e marido de Socorro Morais.

Por conta da longa fila de pessoas, uma aglomeração também se forma em frente a CEMARC. “É muito difícil. A gente vê que pelo menos 95% das pessoas usam máscara, graças a Deus, pelo menos isso. O distanciamento aqui é difícil”, disse Neivaldo Vilar, aposentado.

Piora em saúde dos olhos

Enquanto a quadrilha trabalha pela não renovação de contrato com o Sistema Único de Saúde (SUS), a procura por serviços de oftalmologia do SUS aumentaram em São Luís. A situação não só agravou a saúde dos olhos dos ludoviceses, como também pode aumentar os casos de cegueira em plena pandemia na capital. Esse, entretanto, é uma assunto para nossa próxima matéria.

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1 comentário

  • Helena

    19 de setembro de 2021 11:36:41

    Conheço uma senhora que precisa marcar a cirurgia do outro olho porque ano passado fez de um deles, já foi diversas vezes a CEMARC, Alemanha, diversas vezes e não consegue. A atendente disse para ela ir todas as segundas-feiras até conseguir. Detalhe é que essa senhora tem 63 anos, ainda não tem o cartão de gratuidade de passagem, e por isso paga a passagem com dinheiro. É o Braide consegue ser pior do que Edivaldo.

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