O governador Flávio Dino participou de reunião, em Brasilia, na residência oficial do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Quem também estava lá era o senador Roberto Rocha, que se elegeu graças à aliança com Dino, mas rompeu com o governador pouco depois de assumir o mandato em 2015. A senadora Eliziane Gama também esteve no encontro.
Mesmo adversários políticos, Roberto e Dino ainda posaram juntos como representantes do Maranhão na reunião. Desde 2015 que os dois não eram vistos em uma agenda amistosa.
A reunião com a presença do presidente Jair Bolsonaro, tratou de assuntos federativos e apoio financeiro aos Estados.
A discussão gerou uma carta, que foi entregue aos presidentes dos Poderes Executivo e Legislativo.
A carta tratou dos seguintes pontos: a necessidade de um plano que reestabeleça o equilíbrio fiscal dos Estados e do Distrito Federal; a compensação de perdas na arrecadação tributária; a instituição de um Fundeb (Fundo de Manutenção da Educação Básica) permanente e eficiente; a adequada securitização dos créditos dos Estados e do DF; a garantia de repasses federais provenientes da cessão onerosa; e o avanço da proposta que altera o artigo 159 da Constituição, que trata do tributo sobre renda e proventos.
É cada vez mais forte a possibilidade do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA), Edmar Cutrim, disputar a prefeitura de São José de Ribamar. O próprio Edmar admitiu a possibilidade durante conversa com jornalistas na Assembleia Legislativa. Mas por enquanto, ainda não é apenas isto: uma possibilidade.
Claro que para deixar o cargo vitalício de conselheiro para concorrer à prefeitura Edmar precisa ter um cenário muito positivo com grande possibilidade de vitória. E isto passa por uma má avaliação do recém empossado prefeito Eudes Sampaio, que até o momento tem colaborado. Com quase dois meses no cargo, Eudes mantém a inércia da gestão de Luís Fernando. Muito mal avaliado, Luís Fernando deixou o cargo para assumir uma secretaria no governo Flávio Dino.
E muita gente da política torce muito por uma candidatura de Edmar. Caso concorra, Edmar precisa se aposentar antecipadamente do TCE, abrindo uma vaga que é sempre preciosa e disputadíssima no meio político.
Assim, o governador Flávio Dino, a quem cabe a palavra final da indicação com anuência da Assembleia Legislativa, terá oportunidade de articular um espaço importante em abril do ano que vem. A classe política já fica em polvorosa com o cargo vitalício e muito bem remunerado.
A última vaga aberta foi utilizada pela ex-governadora Roseana Sarney para tirar o vice, Washington Oliveira, da linha sucessória. O então petista assumiu a vaga. Dificilmente, Flávio Dino fará movimento igual com o vice, Carlos Brandão. Os gestos de Flávio têm demonstrado que ele nutre simpatia pela candidatura de Carlos Brandão a governador em 2022. Somente se o próprio Brandão não sentisse confiança na candidatura poderia ele mesmo pleitear a vaga. Mas isso não deve acontecer, principalmente com tanta antecedência para o pleito estadual.
Ou seja, a vaga que se abrirá caso Edmar Cutrim deixe o TCE está muito aberta. E não faltarão concorrentes.
A pré-candidatura de Jeisael Marx à prefeitura de São Luís tem causado grande incômodo em vários setores. E o primeiro a demonstrar foi o novo comando da TV Difusora.
O novo diretor de conteúdo da emissora do Bacanga, Estevão Damázio, não quis nem saber se Jeisael era o nome de maior peso publicitário do canal 4, mas foi claro ao demitir o apresentador por conta de sua pré-candidatura ao executivo municipal.
Ex-diretor da EBC no governo Michel Temer, Damázio substituiu Zeca Pinheiro no comando da emissora. Durante a gestão de Pinheiro, a liberdade de conteúdo e opinião era uma marca da Difusora, que foi transformada e alavancou bons índices de audiência e repercussão desde 2015.
Apesar do boicote à pré-candidatura de Jeisael, o apresentador segue tendo muitos admiradores e voz garantida pelo grande número de seguidores nas suas redes sociais. Além disto, ele já era assediado por outras emissoras antes da saída.
Agora está sacramentado que o deputado Othelino Neto estará em lugar privilegiado em 2022, sendo o segundo na linha sucessória do governo do Estado. É fato que o governador Flávio Dino deixará o governo no ano da eleição para concorrer à presidência da República, ou vice- presidência ou até ao senado. E o vice-governador Carlos Brandão assume o governo, ficando Othelino como primeiro na ordem de sucessão.
Logo após a eleição que garantiu o deputado Othelino Neto no comando da Assembleia Legislativa até o final do mandato, o presidente reeleito conversou com um grupo de jornalistas sobre os planos da gestão do legislativo e a equação política que se avizinha.
“Ainda é muito cedo para falar de 2022. Só o que eu já posso dizer é que serei um ponto de conciliação para que o nosso grupo vença as eleições de 2022”, afirmou.
Situação fiscal do Estado
O presidente, que pautou seu discurso no diálogo entre os poderes com independência, disse que há poucos dias o governador chamou os presidentes dos poderes para demonstrar a situação fiscal do estado.
“A situação não é caótica como em muitos estados da Federação. Mas inspira cuidados. Continuará sendo desafio para os próximos anos a questão fiscal. Todos devem colaborar para manter as contas do Estado em dia”, afirmou.
O vereador Ricardo Diniz (PRTB) vai apresentar proposição, na Câmara Municipal de São Luís, que isenta escolas comunitárias do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o consumo de energia elétrica.
De acordo com o parlamentar, a cobrança do imposto para essas instituições, afeta diretamente o orçamento e renda de famílias carentes que precisam das escolas em suas comunidades.
Na proposta, que será encaminhada ao governador Flávio Dino (PCdoB), Ricardo Diniz justifica que as escolas comunitárias são importantes e fundamentais para suprir, parcialmente, a necessidade do ensino nas comunidades carentes.
“É preciso conscientizar a população de sua participação no processo educacional, já que é dever do Estado proporcionar educação de qualidade para todos”, afirma Ricardo Diniz. “Entretanto, se as condições do Estado não favorecem aos que precisam obter acesso à educação infantil, o processo educacional das instituições comunitárias contribuem com o ensino de boa qualidade nas comunidades carentes”, argumenta.
A indicação, uma vez aprovada, concederá às escolas comunitárias a isenção do pagamento do ICMS sobre energia elétrica. “Um benefício fiscal que ajudará às instituições a ampliarem o trabalho educacional, contribuindo para o controle dos gastos com a administração e viabilização de investimentos, o que permite o funcionamento e o crescimento das escolas”, conclui Diniz.