A arrogância de Bira do Pindaré vai inviabilizando sua relação com Flávio Dino

Engana-se quem pensa que Bira do Pindaré (PSB), ainda é o queridinho do governador Flávio Dino (PCdoB), pelo contrário, a relação dos dois anda tensionada. Desde que se elegeu deputado federal, o advogado vem mantendo uma postura até então desconhecida pelo chefe do Palácio dos Leões. Eleito deputado federal com quase 100 mil votos, o parlamentar socialista chegou a ser sondado para ocupar o executivo estadual, porém descartou. Até aí tudo bem, acontece que onde Bira está chegando, ele afirma com todas letras que não dependeu de ninguém para se eleger e assim como chegou na Câmara Federal, vai se manter para disputar a Prefeitura de São Luís.

Apesar de aliado do governador Flávio Dino, Bira vem falando que é independente em relação ao governo estadual, afinal na sua opinião, ele em nada recebeu ajuda do Palácio dos Leões na sua disputa eleitoral. Até a família Leitoa que o apoiou na cidade de Timon, parece ter sido esquecida pelo deputado federal.

Envaidecido com a chegada a Câmara Federal, Bira dialoga apenas com um pequeno grupo de petistas, os quais ele mantém próximos para quem sabe garantir o apoio para a disputa de São Luís.

Há quem diga que Bira do Pindaré tem adotado essa postura, como resposta ao que aconteceu entre 2014 e 2016, quando foi convencido pelo governador Flávio Dino a deixar o parlamento estadual e ocupar a Secretaria de Ciência e Tecnologia, para desistir da corrida eleitoral pelo Palácio de La Ravardiere, depois ele foi incentivado a voltar ao parlamento para quem sabe disputar o cargo de prefeito, mas na última hora, ele acabou ficando fora da disputa mais uma vez, a terceira consecutiva na capital maranhense.

É necessário lembrar que das três vezes que tentou concorrer a disputa de prefeito de São Luís, Bira acabou sendo preterido por conta de movimento diretos e indiretos de Flávio Dino. Em 2008, quando era pré-candidato pelo PT a prefeito na última hora, o partido decidiu por indicar o vice de Flávio, que acabou sendo Rodrigo Comerciário. Em 2012, Pindaré fez parte do consórcio que ainda envolvia Tadeu Palácio, Roberto Rocha e Edivaldo Holanda Júnior, o último acabou sendo escolhido. Já em 2016, apesar de estar no partido comandado por Roberto Rocha, adversário de Dino, Bira acredita que se o governador maranhense tivesse tido pulso e uma articulação nacional, ele teria sido candidato.

Agora Bira embebido de rancor e transbordando vaidade por ter chegado ao Congresso Nacional, é tratado por políticos mais próximos ao governador como alguém de extrema arrogância, a qual vai inviabiliza-lo em relação a Flávio Dino.