Othelino mostra consistência em temas complexos

Na abordagem de dois temas no podcast desta semana, divulgado ontem, deputado Othelino Neto (PCdoB) dá demonstração contundente de que está preparado para debater, em qualquer nível, temas complexos da atualidade, dando consistência à sua presença no comando do Poder Legislativo. Nos dois casos, ele fala com segurança de assuntos técnicos e políticos e critica, com argumentos e serenidade, a postura do Governo Federal e do presidente da República.

No primeiro caso, o presidente da Assembleia Legislativa critica os erros grosseiros do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em relação à tragédia ambiental em curso por conta da ainda inexplicada chegada de grande quantidade de óleo cru ao litoral nordestino, incluindo o maranhense. Com a experiência de ambientalista militante – foi um dos fundadores do PV no Maranhão – e com a autoridade de ex-secretário de Meio Ambiente, ele afirma que a situação poderia ter sido minimizada se o ministro do Meio Ambiente e o presidente da República não tivessem sido omissos no início do problema. “Eles preferiram fazer de conta que o problema não existia”, acusa. Na sua avaliação, a ação tardia do Governo contribuiu decisivamente para a consumação de uma tragédia cujo tamanho ainda será dimensionada por universidade. “O Governo Federal não assumiu seu compromisso, e o próprio presidente da República não assumiu suas responsabilidades como deveria”, diz.

No segundo, o deputado Othelino Neto mostra que o presidente Jair Bolsonaro não tem mesmo noção do que é ser um chefe de Estado, e que isso ficou claro com a sua atitude inacreditável de se recusar a cumprimentar o presidente eleito da Argentina, o peronista (centro-esquerda) Alberto Fernández, tendo como vice a ex-presidente Cristina Kirchner. O presidente da Alema diz ser inconcebível que o presidente de um país como o Brasil, líder na região, se recuse a cumprimentar o presidente eleito de um vizinho como a Argentina, que é um dos seus mais importantes parceiros comerciais. Assinala que até o norte-americano Donald Trump, que não suporta a esquerda, cumpriu a praxe protocolar e cumprimentou o novo líder argentino. E avalia que a volta da esquerda na Argentina e sua permanência certa na Bolívia e quase certa no Uruguai, assim como os levantes populares no Equador e no Chile contra governos de direita mostram que o liberalismo econômico, a exemplo do que está sendo implantado no Brasil, tem produzido fracassos, desempregos e aumento da pobreza. Faz assim uma leitura correta do cenário latino-americano.

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