Padre que quer ser prefeito tem extensa ficha corrida
Pré-candidato em Alcântara, William Guimarães da Silva, que já foi prefeito de outras cidades da região, como Guimarães, ainda tem contas a prestar aos eleitores e à Justiça
Não foi por acaso que o padre William Guimarães da Silva foi escolhido pelo enrolado deputado Josemar de Maranhãozinho para ser o pré-candidato do PL à Prefeitura de Alcântara no pleito deste ano. Ele carrega o mesmo DNA dos malfeitos de seu padrinho político que é investigado na Justiça Federal até por furto qualificado, conforme processo de número: 0047751-82.2014.4.01.3700.
Levantamento realizado pelo blog do Antônio Martins aponta que padre William Guimarães responde a vários processos na Justiça, que o coloca como um dos campeões da ficha de ilícitos cometidos na vida pública entre os ex-prefeitos com atuação na Baixada Maranhense.
Na extensa folha corrida, o pré-candidato do PL, já réu em vários processos na justiça estadual, principalmente por crimes de Improbidade administrativa.
Não bastasse seu envolvimento direto em inúmeras irregularidades, o prefeiturável se cercou na campanha rumo à prefeitura alcantarense, a mando de Maranhãozinho, de assessores e coordenadores igualmente processados por crimes, dando indicativos concretos de que o grupo comandado pelo deputado federal vai instalar – num eventual futuro governo – a máquina de corrupção que será azeitada para proporcionar a chegada do principal financiador ao comando do Palácio dos Leões.
Padre William sempre alardeou pautar sua vida pública pelo caminho da retidão. A narrativa, como quase todas as de religiosos que entram pra vida pública, não passa muito tempo em pé. Basta jogar uma lupa sobre sua vida pregressa para se perceber que o pré-candidato a prefeito é lobo com cútis de cordeiro – ou seja, encontra-se tão encrencado quanto seu padrinho político que comanda o PL no Maranhão.
A pedido do blog, uma empresa que atua com gestão de informações jurídicas, levantou a ficha corrida de Padre William na Justiça e catalogou a existência de todos os processos contra ele, apurando o número da ação, a vara em que está ajuizada a causa e os motivos dos procedimentos.
IMPROBIDADE POR OMISSÃO
A reportagem acessou um por um dos processos, entre eles, o de número 10865-84.2014.4.01.3700, que tramita na 2ª Vara Federal, que foi oferecido pelo Ministério Público Federal – MPF.
Na Ação Penal, o Parquet imputou ao Padre William a conduta descrita no artigo 1°, inciso VII, do Decreto-Lei n. 201/1967, por ter deixado de prestar contas referentes aos recursos federais repassados pelo FNDE através dos programas PDDE e PDE, durante os exercícios financeiros de 2011 e 2012.
Mas essa não é a única bronca que pesa contra o pré-candidato do PL em Alcântara também tem contas reprovadas no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) por graves irregularidades. Por não prestar contas das verbas públicas, ele pode ser condenado tanto na justiça federal quanto na estadual. As particularidades sobre o passado nebuloso do religioso vamos detalhar nos próximos dias. Aguardem!
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