Pesquisadores maranhenses criam sistema capaz de gerar energia solar por três horas

Em um cenário de crise econômica, falta de chuvas nas represas das hidrelétricas brasileiras e aumentos acentuados no valor da energia elétrica advinda das hidrelétricas ou termoelétricas, as energias renováveis surgem como uma boa e barata alternativa para suprir uma eventual falta de energia, ou até mesmo complementar a já utilizada. Nesse sentido, pesquisadores do Departamento de Mecânica e Materiais do Instituto Federal do Maranhão, Campus São Luís – Monte Castelo, desenvolveram um mini sistema de captação e armazenamento de energia solar, que é capaz de iluminar todas as dependências do departamento em uma ocasião de falta de energia fornecida pela concessionária. A carga é suficiente para uma média de três horas de iluminação.

O grupo de pesquisa, que começou as atividades no início de 2014, é formado pelos professores doutores Rubens Soeiro, Waldemir Martins (chefe do departamento de mecânica e materiais) e os alunos de graduação Bruno Carneiro, Paulo Pacheco e Jeovane Batista. Inicialmente, a intenção era produzir e estudar a energia solar aplicando a seu uso restritamente ao laboratório, mas, depois, a utilização se expandiu para as lâmpadas de todo o departamento de Mecânica e Materiais.

“Iniciamos com dois painéis solares pequenos, que são capazes de coletar energia solar e carregar uma bateria. Essa carga é suficiente para alimentar a iluminação reserva de todo o departamento por até três horas em uma eventual falta de energia no campus. Com um investimento apropriado, poderíamos captar energia para manter todo o Campus Monte Castelo”, explica o professor Rubens Soeiro.

Outro objetivo do grupo de pesquisa é o de preparar o mercado maranhense para o processo de captação de energia solar nas residências, regulamentado recentemente com aprimoramentos da Resolução Normativa nº 482/2012, do Governo Federal. Entre as principais mudanças, estão à diminuição do ICMS para produção de energia doméstica e a possibilidade de abater na conta da fornecedora de energia a quantidade de energia solar ou eólica captada domesticamente, convertendo-se em reais.

“Em alguns anos, a produção doméstica de energias renováveis vai ser em larga escala. Precisamos já capacitar os alunos para prepararem o mercado para a experiência da energia solar”, complementa Rubens. E para quem acha que o custo benefício da produção de energia solar é inviável, a surpresa; .

“Cinco anos seriam suficientes para se recuperar o investimento, com economia de energia. Os outros quinze anos seriam de total lucro para o IFMA. Nós, como instituto científico e tecnológico, precisamos investir mais nessa área, pois é algo totalmente benéfico e rentável”, enfatiza o professor e coordenador do departamento de Mecânica e Materiais, Waldemir Martins.

A intenção do grupo é a expansão da captação de energia solar em um curto prazo, com a utilização da iluminação no laboratório de soldagem do campus., conforme os recursos e investimentos disponibilizados futuramente.

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