Roseana Sarney é citada em livro de Rodrigo Janot

Rodrigo Janot revela que teve conversa difícil com Roseana Sarney por causa da situação em Pedrinhas

Em seu livro Nada Menos que Tudo, o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cita o nome da ex-governadora Roseana Sarney (MDB)  . 

Janot revela na publicação que travou uma conversa dura com Roseana em 2013, no período em que o Complexo Penitenciária de Pedrinhas estava, de fato transformado numa sucursal do inferno devido a algumas rebeliões que resultaram na morte de dezenas de detentos, alguma brutalmente degolados.

Segundo ele, essa conversa complicada e de tom elevado ecoou nos bastidores do Palácio dos Leões e “vazou”, sem detalhes, para fora das paredes palacianas. O ex-procurador teria jogado duro como que responsabilizando Roseana Sarney pela barbárie ocorrida em Pedrinhas.

Ela teria reagido em tom estridente e seco, primeiro contestando informações de um relatório de inspeção feita pelo Ministério Público Federal segundo as quais as condições no presídio seriam desumanas, criando as condições para rebeliões. Além disso, a governadora também teria criticado a maneira como o PGR teria entrado no assunto, como se tentasse tentando intimidá-la.

O certo é que, segundo o que vazou à época, o tempo fechou na linha telefônica, a governadora falou grosso, dizendo que não aceitava ser pressionada naquele tom nem com base em informações de um relatório que ela desconhecia. O PGR respondeu em voz alta. Mas terminaram a conversa em clima mais ameno, com ela reconhecendo problemas e informando que estava trabalhando para resolvê-los.

Rodrigo Janot também revelou que tentou intimidar Roseana Sarney insinuando que já teria minutado um pedido de intervenção no Maranhão por causa de Pedrinhas. Era blefe, já que ele saberia que, por mais grave que fosse a situação no complexo penitenciário, tal pedido não seria acatado pelo Supremo Tribunal Federal. É sabido ainda que naquele período a governadora Roseana Sarney teve conversas nada agradáveis com a presidente Dilma Rousseff (PT) e com o ministro da Justiça de então, José Eduardo Cardozo.

No mesmo tom que mantivera com o presidente Fernando Henrique Cardoso, em março de 2002, no momento em que agentes da Polícia Federal invadiam os escritórios da Lunus, numa ação controvertida que a tirou da corrida para a Presidência da República.

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