• 25 de janeiro de 2020
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Sem nome para sucessão, PT deve apoiar Bira em 2020

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No campo das especulações relacionadas com as composições que moverão a corrida à Prefeitura de São Luís, é tida como certa a aliança PDT/DEM em torno do deputado estadual Neto Evangelista, prevê-se o alinhamento Podemos/PL/PSDB em torno do deputado federal Eduardo Braide, e fala-se de uma eventual arrumação com PV/PSD/PSC em apoio ao deputado estadual Adriano Sarney, entre várias outras montagens partidárias que o exercício especulativo consegue alinhavar. Nesse contexto, uma aliança está praticamente consolidada, a que unirá o PSB e o PT em torno da candidatura do deputado federal Bira do Pindaré, tendo o partido do ex-presidente Lula da Silva praticamente garantida a vaga do candidato a vice. De acordo com fontes das duas agremiações, as conversas estariam avançadas, faltando poucos detalhes para que o acordo seja firmado e anunciado, o que deverá acontecer no início de março, quando outras alianças também chegarão ao conhecimento do eleitorado. A ser confirmada e consumada essa aliança, o candidato Bira do Pindaré com o seu cacife pessoal, a força de duas militâncias aguerridas somadas e mais de três preciosos minutos no horário gratuito no rádio e na TV.

O PT tentou, sem sucesso, entrar na corrida ao Palácio de la Ravardière com candidato próprio, com ensaios de candidatura por parte do deputado estadual Zé Inácio e pelo deputado federal Zé Carlos. No entanto, o que poderia ser um processo de escolha resultou num embate das correntes que movimentam o partido, o que terminou por inviabilizar o projeto inicial. Houve quem tentasse levar o PT para uma aliança com o PCdoB, em torno de Rubens Júnior ou de Duarte Júnior, mas essa alternativa também não uniu o partido. Enquanto essas articulações fracassavam, um projeto de aliança consistente era alinhavado entre Bira do Pindaré e alguns líderes petistas. As conversas já teriam inclusive alcançado alguns escalões superiores do PT nacional, tendo também o aval do comando maior do PSB.

Uma aliança do PSB com o PT na disputa para a Prefeitura de São Luís se baseia numa lógica indiscutível. Começa com o fato de que, mesmo fora do partido há anos, tendo migrado para o PSB por não aceitar a aliança do PT com o Grupo Sarney, Bira do Pindaré conserva laços fortes com amplos setores do PT. Essa relação facilita a manutenção de canais de entendimento, com espaço para a construção de uma aliança para disputar a Prefeitura de São Luís. Além disso, Bira do Pindaré é um político testado nas urnas de São Luís em eleições das quais saiu com cacife forte, como a célebre disputa que travou com Epitácio Cafeteira por uma cadeira no Senado em 2006. E na presente corrida tem aparecido nas pesquisas com percentuais de preferência que lhe autorizam a se candidatar.

Na seara petista, a grande dificuldade estaria na escolha do candidato a vice, situação normal no PT, um partido formado por inúmeras correntes, que entram em clima de quase autofagia quando decisão desse porte tem de ser tomada. Há nomes de sobra no partido com perfil para compor uma chapa como vice de Bira do Pindaré. O problema seriam diferenças internas alimentadas por grupos ligados ao deputado federal Zé Carlos e outros alinhados ao deputado estadual Zé Inácio, que defendem que o PT tenha candidato próprio – um deles dois. Ao que tudo indica, porém, a tese da aliança PT/PSB em torno da candidatura de Bira do Pindaré ganha força e já estaria superando divergências.

A política ensina que situações óbvias podem mudar radicalmente de uma hora para outra., dependendo das circunstâncias e do que está em jogo. Essa regra se aplica ao namoro do PSB com o PT em torno da candidatura de Bira do Pindaré. Mas é lícito avaliar que a aliança tem tudo para dar certo. (Com informações do Blog Repórter Tempo)

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