Maranhão faz com Levi Pontes o que Conselho de Ética da AL-MA não fez

  • 9 de outubro de 2018
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Comunista teve menos votos do em 2014 e não conseguiu se reeleger. Ele teve um caso arquivado pelos colegas parlamentares do colegiado e o outro sequer já foi analisado

A população eleitora do Maranhão fez com o deputado estadual Levi Pontes (PCdoB) o que seus colegas governistas no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa não fizeram: colocou o comunista para fora do Palácio Manuel Beckman.

De acordo com o resultado final da votação do pleito deste ano, Levi teve apenas 16.646 votos e por isso não conseguiu se reeleger. Foram 2.957 votos a menos do que em 2014, quando se tornou deputado pelo Solidariedade.

No ano passado, o deputado do PCdoB foi alvo de uma representação no Conselho de Ética da Casa, que pedia a cassação de seu mandato, após haver ele próprio divulgado num grupo de WhatsApp um áudio em que dá orientações sobre uma “cota” de peixes — de uma compra feita pela Prefeitura Municipal de Chapadinha, no período da Semana Santa, para distribuição para a população local — que deveria ser entregue para lideranças dele, de outras cidades de sua base eleitoral.

A representação, porém, acabou sendo arquivada pelo Conselho de Ética, sob a alegação de ausência de provas robustas e de que o áudio gravado e divulgado pelo próprio parlamentar seria clandestino.

Em março de 2018, Levi Pontes voltou a ser acionado no colegiado, após ser novamente flagrado em áudio, desta vez negociando a estrutura da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em troca de votos, exatamente para as eleições ocorridas no último domingo 7, quando saiu derrotado.

O caso, porém, passados já cinco meses da definição da subcomissão de investigação, sequer foi analisado pela Comissão de Ética da Assembleia Legislativa maranhense.

Mais dois fora

O deputado Cabo Campos (PATRIOTAS), alvo do embrandecido pedido de afastamento de suas funções por apenas dois meses após ser acusado pela própria mulher de violência doméstica, também recebeu dos eleitores maranhenses o tratamento que o Conselho de Ética não lhe deu. Com apenas 8.714 votos, ele não teve votação suficiente para conseguir permanecer na Casa.

O próprio presidente do Conselho, inclusive, o líder do governo Rogério Cafeteira (PSB), também encolheu em votos e não se reelegeu.

A partir de 1.º de janeiro de 2019, salvo se conseguirem algum emprego na Casa do Povo, todos eles estarão fora da Assembleia Legislativa do Maranhão.

“Votos limpos, conscientes e honestos”, diz Wellington sobre reeleição

  • 9 de outubro de 2018
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Deputado foi reeleito vencendo a máquina e hostes do próprio partido. Ele também confirmou a consolidação de seu nome na capital ao ter maior votação do que políticos tradicionais

O deputado estadual Wellington do Curso foi o maior vencedor das eleições para o Assembleia Legislativa do Maranhão. Sem pertencer a qualquer clã político e com uma discreta estrutura de campanha, ele foi reeleito com 24.950 votos para mais quatro anos no Palácio Manuel Beckman após lutar não apenas contra a máquina palaciana, que a todo custo queria lhe apear do mandato, mas contra hostes de seu próprio partido, o PSDB.

No tucanato maranhense, o predileto era o advogado Guilherme Paz, filho da ainda deputada e candidata derrota a vice-governadora, Graça Paz, e do coordenador de campanha de Roberto Rocha ao Palácio dos Leões, o ex-deputado Clodomir Paz.

Apesar de não ter alcançado uma votação expressiva, Wellington confirmou a consolidação de seu nome em São Luís, onde disputou a prefeitura em 2016 e poderá disputar novamente em 2020, sendo o segundo mais votado pelo eleitorado da capital, com 17.328 votos. Wellington, inclusive, mostrou maior robustez eleitoral do que diversos políticos tradicionais e de fortes feudos eleitorais espalhados pela cidade, que também foram eleitos, mas com menos votos que ele junto aos ludovicenses, a exemplo de Helena Duailibe (SD), Edivaldo Holanda (PTC), Neto Evangelista (DEM) e Roberto Costa (MDB).

Nas redes sociais, ele agradeceu o reconhecimento de sua luta no Parlamento estadual, destacando que fez uma campanha limpa, sem os recursos da máquina pública estadual e municipal.

“Tivemos uma campanha limpa, sem dinheiro de secretaria ou de Governo e Prefeitura! O nosso apoio foi de cada trabalhador, professor, militar, estudante, servidor público, concurseiro, pequeno empresário… O nosso apoio foi por parte dos maranhenses! É assim que seguiremos: de forma limpa! O nosso mandato, mais uma vez, foi conquistado com votos limpos, conscientes e honestos”, declarou.

Promotoria aciona Anderson Wilker por improbidade administrativa

  • 9 de outubro de 2018
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Prefeito de Alcântara pode ser condenado à perda da função pública e suspensão dos direitos políticos

A Promotoria de Justiça de Alcântara ingressou, na última segunda-feira, 1° de outubro, com uma Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra o prefeito do município, Anderson Wilker de Abreu Araújo (PCdoB), e a secretária municipal de Saúde, Ramone Luciana Santos Ferreira Araújo.

Em junho de 2017 o Ministério Público recebeu uma denúncia de maus tratos a uma idosa internada na Unidade Mista de Saúde Dr. Neto Guterres. Durante as investigações, a Promotoria foi comunicada pela diretora da unidade de saúde recebeu o relatório de ocorrência que informava a infração disciplinar praticada por três técnicas de enfermagem. Em seguida, foi pedida a instauração de Procedimento Administrativo Disciplinar à diretora da Unidade Mista e à secretária municipal de Saúde e, à Polícia Civil, a abertura de inquérito policial.

Ao receber a solicitação de encaminhamento da documentação, provas e relatórios produzidos ao Ministério Público, a gestora da Unidade Mista informou que todos os procedimentos cabíveis foram tomadas e o caso encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde e ao setor jurídico da Prefeitura.

Em 16 de janeiro de 2018, a Promotoria oficiou ao prefeito dando prazo de 15 dias para prestar informações, sem obter resposta. O pedido foi reiterado duas vezes, mas não houve manifestação. Também foi expedido ofício para a titular da pasta da Saúde, requerendo as mesmas informações, mas também sem resposta.

Para a promotora de justiça Alessandra Darub Alves, “os demandados agiram dolosamente em dois momentos: quando deixaram de atender às requisições ministeriais e quando foram omissos em apurar a responsabilidade das técnicas de enfermagem quando comunicados pela diretora do hospital e depois pelo Ministério Público”.

O poder de requisição dos membros do Ministério Público está previsto em diversas leis, além da Constituição Federal. A Lei da Ação Civil Pública (7.347/85) inclusive tipificou como crime “a recusa, o retardamento ou a omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, quando requisitados pelo Ministério Público”.

Caso sejam condenados por improbidade administrativa, Anderson Wilker de Abreu Araújo e Ramone Luciana Santos Ferreira Araújo estarão sujeitos à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos pelo prazo de três a cinco anos, pagamento de multa de até 100 vezes a remuneração recebida e proibição de contratar ou receber benefícios do Poder Público, ainda que por meio de empresa da qual sejam sócios majoritários, por três anos.

A força política dos Cutrim´s

  • 8 de outubro de 2018
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Grupo vitorioso do 1234 e 12123.

O grupo político liderado pelos irmãos Gil Cutrim e Glalbert Cutrim, ambos do PDT, mostrou, mais uma vez, o porquê é considerado um dos mais fortes e consolidados do Maranhão.

Os pedetistas enterraram uma antiga lenda da cultura política maranhense, na qual se estabeleceu que membros de uma mesma família estariam fadados ao fracasso, caso disputassem cargos eletivos no mesmo pleito.

Ex-prefeito de São José de Ribamar e ex-presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Gil elegeu-se deputado federal.

Glalbert renovou o mandato para mais quatro anos na Assembleia Legislativa.

Poucos foram os grupos e famílias que conseguiram tal feito.

Gil e Glalbert são políticos jovens, que gostam de dialogar diretamente com o cidadão; além de serem apoiadores de todas as pautas ligadas ao municipalismo.

Herdaram, sem dúvida, o bom DNA político do pai, o ex-deputado Edmar Cutrim.

Edmar, inclusive, prepara-se para uma nova empreitada.

Mas isso é assunto para um outro post.

Líder do governo, Cafeteira tem votação vergonhosa e não consegue reeleição

  • 8 de outubro de 2018
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O deputado estadual Rogério Cafeteira (DEM), líder do governo Flávio Dino desde a chegada do comunista ao Palácio dos Leões, não conseguiu se reeleger.

Apesar do desgaste provocado com antigos aliados após submissão canina a Dino nos últimos três anos e nove meses, ele saiu das urnas com vergonhosos 18.754 votos, ficando atrás até de quem tentava uma vaga na Assembleia Legislativa do Maranhão pela primeira vez.

Rebento do grupo Sarney, onde foi nascido e criado, a partir de 1.º de janeiro de 2019, Cafeteira estará fora do Palácio Manuel Beckman pela primeira vez desde as eleições de 2010, quando foi eleito com ajuda da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Quando ainda sarneysta, inclusive, ele teve uma quantidade maior de votos do que no pleito deste ano.

Em 2010, então pelo PMN, foram 29.244 votos; e em 2014, quando fez campanha e pediu votos para Edison Lobão Filho (MDB), disputando pelo PSC, conquistou 37.229 votos. Com os apenas 18.754 votos em 2018, para conseguir assumir como suplente no exercício do mandato, é necessário que outros 11 candidatos assumam primeiro que ele.

Com a reeleição de Flávio Dino, a esperança de Rogério Cafeteira agora é ser chamado para, pelo menos, ocupar algum cargo nos Leões. Se nem isso conseguir, pode ser o fim de mais um longevo sobrenome na política do Maranhão.