4º lugar para o Senado, Lobão pode parar nas mãos de Moro

  • 8 de outubro de 2018
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Fora do mandato a partir de janeiro de 2019, medalhão do MDB, que é investigado na Lava Jato, ficará sem foro privilegiado

Considerado por alguns analistas e admiradores maranhenses como uma grife da política estadual no Congresso, o ainda presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, Edison Lobão (MDB-MA), não conseguiu a reeleição e terminou o pleito em 4.º colocado.

Segundo a contagem final de votos feita pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Maranhão, ele ficou atrás, pela ordem de votação, de Weverton Rocha (PDT), Eliziane Gama (PPS) e Sarney Filho (PV).

O gosto amargo da derrota e a desmitificação de que era imbatível na eleição para o Senado Federal, porém, em nada se comparam a algo ainda pior: fora do mandato a partir de 1.º de janeiro de 2019, Lobão ficará sem o célebre foro por prerrogativa de função, correndo o risco de parar nas mãos do juiz federal Sérgio Moro — e ainda ter o desprazer de ver a eventualidade exposta no Sistema Difusora, no papel ainda pertencente a sua família, mas atualmente controlado por Weverton.

Alvo da Lava Jato – ou de desdobramentos da maior investigação da Polícia Federal sobre corrupção e propinagem do país –, o emedebista poderá ter seus inquéritos remetidos para julgamento de Moro, responsável pela operação na primeira instância, em Curitiba, conhecido e reconhecimento por determinar a prisão prisão de figurões da política.

Os inquéritos por suposto envolvimento corrupção, inclusive, foram pesadamente utilizados contra ele durante as últimas semanas da campanha eleitoral, pelo também candidato derrotado ao Senado Alexandre Almeida (PSDB).

Weverton Rocha: o grande vencedor da eleição 2018 no Maranhão

  • 8 de outubro de 2018
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Por qualquer ângulo ou prisma que se análise, se chegará a uma conclusão: o deputado federal e senador eleito, Weverton Rocha (PDT), saiu robusto das urnas, neste último domingo; estabeleceu-se como a mais forte liderança jovem da política local; e foi o grande vencedor da eleição 2018 no estado.

Com um projeto sólido, composto pelos apoios de centenas de agentes da classe política e de uma militância aguerrida, Weverton iniciou a corrida senatorial oscilando entre quinta e sexta colocações.

Para observadores e analistas mais afoitos, foi o bastante. Mesmo o jogo ainda sendo jogado, cravaram: trata-se de um candidato pesado, sem carisma e que passaria vergonha, envergonhando, ainda, o governador Flávio Dino (PC do B), reeleito com 59,29%.

O editor do Blog , ao contrário dos afoitos, tinha a plena certeza de que o pedetista, que hoje aniversaria e comemora 39 anos, reverteria o quadro.

E o faria exatamente por possuir, por exemplo, uma forte estrutura de apoiamentos políticos e partidários; ser o candidato número 01 de Dino; ter a menor rejeição entre os postulantes ao Senado; e ser o dono dos apoios do PT e de Lula no Maranhão.

Weverton saiu das urnas com mais de 1 milhão e 900 mil votos, a maior votação da história da política maranhense para o cargo de senador. E contribuiu, sobremaneira, para puxar Eliziane Gama (PPS), segunda candidata eleita pelo campo governista.

Teve mais votos, inclusive, do que o próprio Flávio Dino, que renovou o mandato com pouco mais de 1 milhão e 800 mil.

Estabeleceu-se, portanto, como a liderança jovem mais forte da política estadual.

E tem tudo para fazer um grande trabalho na Câmara Alta objetivando alçar voos mais altos com brevidade.

Confira a lista dos deputados federais eleitos

  • 7 de outubro de 2018
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Márcio Jerry (PCdoB)

Pedro Lucas (PTB)

Rubens Jr (PCdoB)

Cleber Verde (PRB)

Bira do Pindaré (PSB)

Juscelino Filho (DEM)

Josimar de Maranhãoziho (PR)

Júnior Lourenço (PR)

André Fufuca (PP)

Jr. Marreca Filho (PATRTI)

Gil Cutrim (PDT)

Edilazio Júnior (PSD)

Hildo Rocha (MDB)

Joao Marcelo (MDB)

Eduardo Braide (PMN)

Pastor Gildenemir (PMN)

Aluisio Mendes (PODE)

Zé Carlos (PT)

98,84% dos votos apurados

Confira a lista dos deputados estaduais eleitos

  • 7 de outubro de 2018
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Detinha (PR)

Duarte Júnior (PCdoB)

Cleide Coutinho (PDT)

Zé Gentil (PRB)

Otelino Neto (PCdoB)

Márcio Honaiser (PDT)

Thaiza Hortegal (PP)

Neto Evangelista (DEM)

Carlinhos Florêncio (PCdoB)

Prof. Marco Aurelio (PCdoB)

Marcelo Tavares (PSB)

Andrea Rezente (DEM)

Rafael Leitoa (PDT)

Edson Araújo (PSB)

Ana do Gás (PCdoB)

Adelmo Soares (PCdoB)

Glalbert Cutrim (PDT)

Paulo Neto (DEM)

Daniela Tema (DEM)

Vinicius Louro (PR)

Yglesio Moisés (PDT)

Hélio Soares (PR)

Antonio Pereira (DEM)

Ciro Neto (PP)

Fábio Macedo (PDT)

Ricardo Rios (PDT)

Adriano Sarney (PV)

Rigo Teles (PV)

Arnaldo Melo (MDB)

Roberto Costa (MDB)

César Pires (PV)

Fernando Pessoa (SD)

Rildo Amaral (SD)

Helena Duailibe (SD)

Zé INácio (PT)

Leonardo Sá (PRTB)

Felipe dos Pneus (PRTB)

Mical Damasceno (PTB)

Pastor Cavalcante (PROS)

Wendel Lages (PMN)

Wellington do Curso (PSDB)

Pará Figueiredo (PSL)

98,84% dos votos apurados

Flávio Dino, do PCdoB, é reeleito governador do Maranhão

  • 7 de outubro de 2018
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Flávio Dino, do PCdoB foi reeleito neste domingo (7) governador do Maranhão para os próximos quatro anos. Com 88% dos votos válidos apurados por volta das 21h20 , o candidato tinha 1.658.356 milhões de votos, o que correspondia a 59,4% dos votos válidos, contra 23,43% de Roseana Sarney (MDB). Veja a apuração completa no estado.

A reeleição leva Dino ao segundo mandato como governador, assim como também reelege a vice-governador o empresário Carlos Brandão, do PRB. A coligação que apoiou a candidatura se chama “Todos pelo Maranhão” e foi composta pelo PCdoB, PDT, PRB, PPS, PTB, DEM, PP, PR, PTC, PPL, PROS, AVANTE, PEN, PT, PSB e Solidariedade.

Flávio Dino de Castro e Costa é formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), tem 50 anos e é advogado, ex-juiz federal e professor de Direito Constitucional na UFMA, atualmente licenciado. Natural de São Luís, nasceu em 30 de abril de 1968 e é filho dos advogados Rita Maria e Sálvio Dino. Atualmente, é casado com Daniela Lima e tem quatro filhos.

Pronunciamento de Roseana

Em segundo lugar nas eleições, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) emitiu uma nota parabenizando a vitória de Flávio Dino e agradecendo os votos que recebeu.

“As eleições representam a celebração da democracia. É o momento em que os cidadãos expressam suas vontades e suas escolhas. Com os resultados já conhecidos, e em respeito à decisão da maioria, parabenizo a todos os candidatos que se apresentaram à escolha popular. Agradeço, de coração, a todos que me ajudaram com o seu trabalho e sua dedicação em toda a minha carreira politica, especialmente nestas eleições. Ao governador Flávio Dino, aos senadores, deputados federais e estaduais eleitos, desejo sucesso no exercício de seus mandatos. A todos os maranhenses, o meu carinho e o meu reconhecimento”, disse Roseana.

Dino iniciou a vida política em 2006, quando abandonou a carreira da magistratura para se filiar ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Naquele ano, se candidatou e venceu o pleito para deputado federal.

Em 2008, candidatou-se a prefeito de São Luís, mas foi derrotado por João Castelo. Dois anos depois, se candidatou a governador do Maranhão e foi derrotado por Roseana Sarney.

No primeiro mandato da Presidente da República Dilma Rousseff (PT), em 2011, Flávio Dino assumiu a presidência do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) e ficou no cargo até 2014. Nesse ano, ele concorreu novamente ao cargo de governador do Maranhão e desta vez venceu as eleições no primeiro turno, com 63.52% dos votos.

A campanha

Flávio Dino (PCdoB) iniciou a campanha em meio a um decreto de inelegibilidade da juíza da 8ª Zona Eleitoral de Coroatá, Anelise Nogueira Reginato. A sentença também atingiu seu ex-secretário de articulação política e candidato a deputado federal, Marcio Jerry.

A juíza afirmou que o programa “Mais Asfalto” foi utilizado para beneficiar a candidatura em 2016 dos atuais Prefeito e vice-prefeito de Coroatá, Luís Mendes e Domingos Alberto. A magistrada diz ainda que há prova de que Flávio Dino fez uma afirmação condicionando o trabalho de asfaltamento na cidade à eleição de Luís Mendes.

Por ser de 1ª instância, a decisão não impediu a candidatura dele e de Jerry nas eleições de 2018. Ambos recorreram e o caso ainda será apreciado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão.

Durante a campanha, fez viagens a várias cidades do Maranhão, onde promovia caminhadas e carreatas. Enquanto candidato, também dedicou-se a fazer vídeos e fotos nas redes sociais que eram publicadas diariamente, destacando a campanha e as suas ações como governador.

Pelos adversários, foi criticado por seu governo ter acabado com alguns programas sociais do governo anterior e pelo rigor na apreensão de carros e motos pela Polícia Militar. Na saúde, recebeu críticas pela falta de clínicas de hemodiálise no interior do Maranhão, além de um esquema com funcionários fantasmas descoberto pela Polícia Federal, em 2015, que teria desviado milhões de reais da Secretaria de Saúde.