A Região Metropolitana de São Luís possui mais de 90% dos casos no novo coronavírus no Maranhão, segundo dados da Secretaria de Saúde divulgados na noite desse sábado (11). Até o momento desta publicação, o Maranhão já registrou 398 casos do novo coronavírus, com 24 mortes contabilizadas.
A SES disponibilizou a lista de bairros que já possuem registros da doença, com destaque para a região nobre da cidade. Alguns casos, no entanto, podem não estar listados devido a não informação do endereço por unidade privada. Por isso, a lista abaixo revela a localização de 71% dos casos de infecção na capital. Veja a lista por ordem de número de casos:
A ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney (MDB) disse que não há nada definido sobre as eleições deste ano.
Ela reiterou que recebeu convite para disputar a prefeitura de São Luís, porém voltou a dizer que não tem uma posição.
“Talvez. Irei dar apoio aos nossos candidatos do MDB”, afirmou.
A filha de Sarney tem aproveitado os últimos dias para tecer críticas ao governador Flávio Dino e ao prefeito Edivaldo, num momento em que a política deveria ser deixada de lado e a união colocada acima das diferenças no combate o coronavírus.
Inicialmente, 190 internos de três unidades prisionais do Complexo Penitenciário São Luís, localizado no bairro Pedrinhas, começaram a produção de um milhão de máscaras de proteção em TNT. A meta é que, por dia, sejam produzidas 20 mil máscaras de proteção que irão atender as necessidades do Poder Executivo, conforme orientação da Secretaria de Estado de Governo (Segov).
A confecção, que se organiza entre corte, costura e acabamento, faz parte das ações do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), com foco na prevenção ao novo coronavírus, causador da doença Covid-19.
Estão na linha de frente de produção das máscaras os internos das Unidades Prisionais de Ressocialização São Luís (UPSL) 1, 5 e da Unidade Prisional de Ressocialização Feminina de São Luís. Todos os custodiados inseridos na confecção das máscaras são devidamente capacitados, o que dinamiza e agiliza a confecção dos objetos.
A gestão prisional já possuía estrutura fabril voltada à produção dos uniformes escolares da rede estadual de ensino, prevista para ter início no mês de março deste ano. No entanto, com o avanço da pandemia e a falta, principalmente, de máscaras no mercado, a Secretaria de Administração Penitenciária adequou a estrutura para produzir as máscaras de proteção.
Os presos envolvidos na produção, além da remição de pena, que a cada três dias de trabalho reduzem um dia no sistema prisional, são remunerados com ¾ do salário mínimo pelo trabalho realizado.
O método produtivo preza pela higiene e qualidade, sendo obrigatória a utilização de itens de proteção individual pelos presos. Quanto à matéria-prima, os custodiados utilizam TNT atóxico e hipoalergênico.
Além das máscaras, a Seap está adequando um local com 158 máquinas para produzir jalecos, toucas, sapatilhas descartáveis de proteção e protetor facial (face shield).
Fiscalização e orientação na Grande São Luís
Novo decreto editado neste sábado (11) pelo governador Flávio Dino mantém a suspensão do comércio e dos serviços não essenciais na Ilha de São Luís até o dia 20 de abril. A medida foi tomada porque nessa região estão 94% dos casos confirmados de coronavírus e 100% das mortes causadas pela doença no Estado.
Além disso, a fiscalização será intensificada, com a possibilidade do chamado lockdown, ou seja, o bloqueio total de atividades, na hipótese de crescimento acelerado de casos.
Nas cidades onde não há registro de casos ou existe uma quantidade muita reduzida, os prefeitos poderão permitir atividades econômicas, desde que observadas restrições e orientações sanitárias.
Ou seja, cada prefeito deverá avaliar a situação, diante da realidade local, e adotar as regras pertinentes – sempre seguindo as orientações e normas sanitárias.
Se o prefeito de determinado município não editar nenhum ato acerca das atividades que podem continuar, estarão valendo as restrições previstas no decreto do Governo do Maranhão. Ou seja, o comércio e os serviços não essenciais continuarão suspensos na cidade
Se houver aumento de casos em alguma região, o Governo do Estado poderá, a qualquer momento, editar novas normas restritivas.
Bancos e lotéricas – De acordo com o decreto, os bancos e lotéricas terão 72 horas para implantar medidas a fim de evitar aglomerações, tanto dentro como na porta das agências.
Também será necessário o uso de equipamentos de proteção individual pelos funcionários, podendo ser máscaras laváveis ou descartáveis
Essas medidas foram tomadas após o Supremo Tribunal Federal dar aval, nesta semana, para que os Estados adotem esse tipo de regra. O Governo do Maranhão já havia enviado ofício ao Banco Central pedindo providências nesse sentido – uma vez que a regulação bancária é de responsabilidade do Governo Federal –, mas não havia obtido resposta.
“Os bancos não estão tomando providências para organizar o fluxo de pessoas para ter acesso às suas agências. Estou determinando que o façam, sob pena de fiscalização e sanções previstas na legislação sanitária”, afirma o governador Flávio Dino.
Aulas e viagens – O decreto também mantém até o dia 26 de abril a suspensão das aulas em todo o Maranhão e das viagens interestaduais de ônibus. Ou seja, os ônibus que saem e entram no Maranhão, com exceção de áreas como Timon-Teresina, na qual muitas pessoas residem numa cidade e trabalham em outra.
Veja o que pode e o que não pode funcionar na Grande São Luís e nas cidades onde não houver novos atos editados pelos prefeitos:
NÃO PODEM FUNCIONAR
– Atividades que impliquem aglomeração de pessoas em espaços públicos
– Academias, shopping centers, cinemas, teatros, bares, casas noturnas, restaurantes, lanchonetes, centros comerciais, lojas, salões de beleza e estabelecimentos similares
– Visitas a pacientes com suspeita de infecção ou infectados por coronavírus, tanto na rede pública como na particular
– Atracação de navio de cruzeiro vindos de estados ou países com circulação confirmada do coronavírus
PODEM FUNCIONAR
– Hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, óticas e demais estabelecimentos de saúde
– Mercado, supermercados e venda de alimentos
– Delivery, drive thru e retirada no local de bares, restaurantes, lanchonetes, depósito de bebidas e similares
– Clínicas, consultórios e hospitais veterinários, pet shops e lojas de produtos agropecuários
– Lojas de material de construção
– Borracharias, oficinas e serviços de manutenção e reparação de veículos
– Restaurantes e pontos de parada e descanso, às margens de rodovias, para caminhoneiros
– Dedetizadoras
– Postos de combustíveis, venda de gás e serviços de transmissão e distribuição de energia
– Coleta de lixo e serviços funerários
– Serviços de telecomunicações
– Segurança privada e imprensa
– Distribuição e a comercialização de álcool em gel e produtos de limpeza, bem como os serviços de lavanderia
– Serviços relativos ao tratamento e abastecimento de água
– Atividades internas das instituições de ensino visando à preparação de aulas para transmissão via internet
Em todos os estabelecimentos autorizados a continuar funcionando, é necessário adotar:
– Distância de segurança entre as pessoas
– Uso de equipamentos de proteção individual, podendo ser máscaras laváveis ou descartáveis
– Higienização frequente das superfícies
– Álcool em gel e/ou água e sabão para clientes e funcionário.
Movimento “Não Demita!”
Durante a pandemia pelo causada pelo novo coronavírus, diversas empresas vêm levantando a questão de um grande “furo” econômico caso as medidas de proteção prolonguem o fechamento de vários estabelecimentos no Brasil.
Quem também defende a reabertura de estabelecimentos o mais breve é Daniel Castanho, presidente do conselho e um dos fundadores do grupo Ânima Educação. Daniel, do seu ponto de vista como empresário, diz que se as empresas e governantes adotarem um pensamento “mesquinho” durante a crise deixarão de existir em um futuro próximo, no mundo pós-pandemia do coronavírus.
“Não Demita!” – A “bandeira” levantada e defendida por Daniel e outros empresários recebeu o slogan de “Não Demita” que, apesar de preferir o rápido funcionamento de empresas, considera o trabalhador como ponto crucial em empresas e, por isso, foi um daqueles que defende a não demissão de funcionários durante este período.
Além da economia, a saúde é um fator de extrema importância, logo que anunciadas as medidas de isolamento social, nomes como Luciano Hang, da Havan, Junior Durski, do da rede de restaurantes Madero, Roberto Justus e Jair Bolsonaro, atual presidente da república.
Economia balançada – Fecham-se as portas e as empresas param, consequentemente para a economia, todavia, abrem-se as portas e, quem sabe, o número de mortos aumenta, assim, a quantidade de trabalhadores é reduzida, portanto, a economia é impactada da mesma maneira, defende Castanho.
O movimento “Não Demita!” conta com a participação de Ricardo Lacerda, do banco de investimento do BR Partner, Rubens Menin, da MRV e Eugênio MAttar da Localiza. O principal acordo entre os empresários, por enquanto, é evitar demissões.
Após algumas conversas, a maioria deles entrou em consenso que seria prejudicial tanto para a economia quanto para os seus negócios que houvesse demissões neste momento. A pretensão é “segurar” essa decisão até maio. O empresário não consegue ter controle do que está acontecendo, se trata de um vírus que não avisa quando vai embora, a solução, por enquanto, é dar um passo de cada vez para que até setembro esteja tudo voltando ao eixo normal.
Movimento apartidário – O que mais preocupa o grupo de empresários é a realidade pós-pandemia. É a situação do país logo que acabar isso tudo. Eles acreditam que para pensar em economia, é necessário continuar com o isolamento. O grupo de empresários ressalta que o movimento não defende lado, é totalmente apartidário.
Sobre o cenário econômico quando a pandemia acabar, Castanho explica que de repente pode haver um resgate no último trimestre deste ano, mas serão momentos muito complexos, sem dúvida nenhuma, nos próximos 180 dias. De recessão, de desemprego.
Para ele, as empresas não podem mais pensar na visão para esse trimestre. Tem que pensar com uma visão mais de longo prazo, em 12 meses. Quem estiver pensando em curtíssimo prazo pode até conseguir salvar um pouco no curto prazo, mas depois, daqui a 12 meses, vai ter um impacto muito maior. Quem demitir agora para salvar um pouco de caixa, num prazo um pouco maior, não vai sobreviver.