Vice de Braide já foi preso por furar bloqueio policial e conduzir veiculo sem CNH
O professor Gilmar Sousa dos Anjos é uma espécie de vice que “envergonha” o seu companheiro de chapa, deputado Eduardo Braide (PMN). Gilmar que é também cabo da Polícia Militar assumiu o posto em substituição ao professor Dilmar Araújo, outro nome que parece não ter agradado o ‘cabeça da chapa’.
Mas por qual motivo o candidato do PMN não costuma apresentar seu companheiro de chapa? Simples: broncas do passado contra Gilmar que poderiam fazer Braide perder aquele perfil de “preparado e qualificado para mudar a nossa São Luís”.
E não é pra menos. Em 2015, Gilmar foi preso depois furar bloqueio policial e conduzir veículo sem CNH. Na época, o vice de Braide só parou para que fosse feita a abordagem, após um tiro de advertência disparado pelo comandante da guarnição.
O Inquérito Policial número 3778/2015 que tramita na Justiça Militar do Estado do Maranhão (JME/MA) foi obtido com exclusividade pelo BLOG DO ANTÔNIO MARTINS. O documento diz que Gilmar e outro militar que estava com ele no veículo foram presos e levados ao Plantão Central, local em que foi lavrado Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), que posteriormente foi enviado à autoridade judiciária.
“Versam os presentes autos sobre Inquérito Policial para apurar os fatos envolvendo os militares Gilmar Sousa dos Anjos – SD PM nº. 305/01 e Fábio Tony Mesquita Ramos – SD PM nº. 483/01. Depreende-se dos autos que na data de 22 de fevereiro de 2015, por volta de 01h:40min, durante uma blitz na Av. dos Africanos, nesta cidade, o veículo conduzido pelo indiciado Gilmar Sousa dos Anjos transpôs a barreira policial e só parou para que fosse feita a abordagem, após um tiro de advertência disparado pelo comandante da guarnição. Em seguida, um dos ocupantes da parte traseira, o SD Fábio Tony, desceu do veículo e se dirigiu ao comandante em epígrafe, mencionando que era policial e que iriam parar, afirmando, ainda, que não havia necessidade do tiro disparado”, diz trecho dos autos do processo.
Se achando acima da lei, o colega de Gilmar que estava com ele no automóvel ainda tentou argumentar com um dos policias que estavam trabalhando na Blitz que o condutor agiu de forma correta ao furar o bloqueio policial por estar conduzindo veículo sem CNH.
“O SD Fábio se voltou, com o dedo em riste, para o 1º SGT PM Cláudio Afonso Martins Rodrigues, retrucando que o condutor do veículo estaria certo, o que resultou na sua condução ao banco traseiro da viatura, na tentativa de que o mesmo acalmasse os ânimos. Diante disso, o condutor do veículo, o SD Gilmar, também bastante alterado, se voltou contra o comandante da guarnição, sendo em seguida, por ele algemado e colocado no xadrez da VTR. Na tentativa de identificarem os indiciados, ao serem pedidos os documentos funcionais dos mesmos e a habilitação do condutor, o SD Fábio proferiu as seguintes palavras: “que ali estava aquele caralho e se valia alguma coisa”; e o SD PM dos Anjos informou que não portava a CNH”, informa o documento ao qual o blog teve acesso.
A IMPORTÂNCIA DO VICE
Com nomes escondidos em letras pequenas, em alguns casos ilegíveis, os candidatos a vice são quase sempre figuras apagadas nas campanhas. Raros são os eleitores que os conhecem ou se interessam por eles. Em um país onde tantos vices já assumiram a titularidade do cargo o erro é gravíssimo. Maior ainda quando se trata de eleições municipais. Por isso que a regra que valeu para Dilma Rousseff e Michel Temer vale para todos. Nela se enquadra o prefeito (e o vice) que cada um dos 659.779 mil eleitores aptos para votar vai escolher no próximo dia 30 de outubro.
Melhor, portanto, é não esquecer o vice na hora de confirmar o voto no titular.